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Texto da entrada (ID.1023)

A proposito da epidemia gripal e outras infeções falou-se ultimamente no perigo de beijos de cumprimentos, apertos de mão, etc. Os relatorios das autoridades de saude recomendavam que fossem banidas.

Agora, que a epidemia gripal parece ter ressuscitado, se bem que não com tanta intensidade  nem atacando tão geralmente como em 1918, será bom atender não só a essas observações mas ainda a outros conselhos da medicina que não servem só contra a epidemia da gripe.

É por exemplo costume bastante geral quando duas ou mais pessoas falam aproximarem-se demasiado; algumas até quasi metendo-se pela cara dentro ás outras.

São assim faceis as infecções, pelo ar respirado, as vezes bastante impregnado de baterios [sic].

Diz-nos um distinto medico sobre o assunto:

São habitos, é verdade, que por serem velhos, não será facil abandonal-os. Mas tenha-se em vista a saude individual e portanto tambem a saude coletiva.

Mas não basta acabar com os beijos, os abraços de despedida, e os apertos de mão, é preciso tambem evitar o falar de perto com outra pessoa, mormente em tempos de doenças endemicas.

Os microbios, não só se transmitem pelo contacto pessoal, mas tambem pela respiração, atacando as mucosas.

Em vista disto ha toda a vantagem de se falar a certa distancia. Esta medida preventiva deve ser adotada por todos, porque um individuo pode estar atacado duma doença contagiosa, cujos sintomas podem não manifestar-se imediatamente.

Mais nos disse o muito conceituado facultativo que por ocasiões de epidemias, pessoas que estão sempre em duvida de estarem ou não atacadas, para se sair de toda a duvida de estarem ou não atacadas; para se sair de toda a duvida, é dado o prazo de 48 horas. Se a pessoa que tenha estado em contato com outra doente, passar 48 horas, sem que, por exemplo, a gripe se manifeste nela, pode estar descançada, que não está contaminada pelo fato de ter estado em contatp com a outra. Mas esse prazo é o maximo bastando apenas 24 horas dentro das quaes a gripe transmitida hade fatalmente fazer-se sentir.

Aqui está o que colhemos duma conversa que por acaso tivemos com uma autoridade medica local e cujo conhecimento julgamos será de alguma utilidade publica.


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Conselhos medicos" in Diário dos Açores de 11 de Fevereiro de 1920, nº. 8412, p. 1 (col. 3). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1023.



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