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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.1050)

Sempre as autoridades de saude se queixaram de falta de policia sanitaria em quem podessem confiar pela sua indispensavel permanencia.

A continua mutabilidade do pessoal, ora uns ora outros, ora nenhuns, não só lhe anula o conhecimento dos seus especiais deveres. Anula-lhes, o que é peor, a responsabilidade que a permanencia n’esse especial serviço lhe crearia.

Resulta d’aqui bastante ineficaz a ação, por vezes tambem nula, das autoridades de saude na fiscalisação em terra! Precisam inevitavelmente d’agentes. Se lhes faltam, visto que não podem dedicar-se a esse serviço d’agentes, sofre o publico.

A policia civica está hoje desonerada d’aqueles encargos que no policiamento urbano, assume a guarda republicana.

Entre outros serviços que lhe caberão, tenha ou não de reduzir o seu pessoal, o de fiscalisação sanitaria permanente, fixa, eficaz, terminantemente responsavel, deverá definitivamente crear-se, ser instituida em uma cidade da exigencia de Ponta delgada.

A policia sanitaria e de um laboratorio d’analises alimenticias, garantias da ordem d’aqueles em que o publico não pode deixar de mostrar-se empenhado. Ou não fazer exame em circunstancias duvidosas que o exijam, ou ter o distrito de Ponta delgada de enviar produtos suspeitos a Lisboa com todas as delongas e demais contrariedades, não faz sentido nem é já coisa que se nos possa desculpar.

O primeiro passo firme a darmos n’este caso é a instituição definitiva da fiscalisação sanitaria, em termos de policiamento serio pela sua permanencia e responsabilidade.

Tambem para que a Camara e o publico possam fazer aos seu sub-delegado de saude as mais legitimas exigencias em materia de saude publica em que tantas vezes são prejudicados os interesses particulares e o tempo da respectiva autoridade – não é com essa antiga miseria, deixem assim exprimir-nos, de 12.000 réis mensais que se lhe ha-de pagar. E 12 simples escudos fracos são a compensação que a Camara de Ponta delgada paga pelos serviços e relatorios que o estado sanitario da população, demais a mais à entrada de um porto, reclama da respectiva autoridade.

Tanto o sr. delegado como sr. sub-delegado de saude estão no proposito de prestar, de acabar com o abandono de coisas que se nota.

Mas precisam de compreensão e de ajuda á sua roda. 


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Policia sanitaria e laboratorio d’analises" in Diário dos Açores de 31 de Março de 1920, nº. 8451, p. 2 (col. 2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1050.



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