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Texto da entrada (ID.1096)

Telegramas de Paris e de Londres noticiaram ha dias o resultado das primeiras experiencias dum canhão, inventado pelo capitão do exercito francês Delamare-Maze. O governo francês pôs á disposição dos aliados o nvo invento, e nos meios militares francêzes, ingleses e italianos o assunto tem sido discutido e esperam-se a todo o momento os resultados das novas provas a que vai ser sujeito o novo canhão para aumentar a eficacia dos seus tiros.

O canhão tem o alcance de 240 quilometros.

As modificações que o inventor introduziu no seu canhão primitivo fizeram com que se fabricassem dez tipos diferentes. Os ensaios realisados até agora foram bastante demonstrativos, e por isso o governo francês adquiriu o privilegio, reservando-se o direito de que a secção técnica de artilharia continue os estudos sem a assistencia do inventor.

Os principios em que assenta o invento conservam-se secretos, mas, do que se conhece, depreende-se que em vez de se utilisar a pressão dos gazes para lançar os projecteis, no novo canhão é a velocidade dos gazes o que impulsiona o projectil. Mercê dos tubos que se encontram aos lados e pelos quais se escapam os gazes, o canhão não recua. Toda a força do explosivo utiliza-se em impulsionar o projectil. O propulsor encontra-se numa camara especial de explosão que resiste ás maiores pressões.

O novo canhão pode ser utilizado tanto em terra como nos barcos de guerra, e com ele pode-se bombardear um pais atravez do mar ou de qualquer nação neutral.

Se durante a ultima guerra os alemães possuissem um canhão com este calibre, teriam podido destruir Londres das fortificações que ocuparam nos arredores de Ostende.

Outra das vantagens que traz a descoberta do capitão Delamare-Maze é que pode ser aplicado ao mesmo canhão o canhão-revólver 520, com despezas pouco elevadas, assim como ás metralhadoras. Afirma-se que o novo canhão p. 3 é ainda susceptivel de se aperfeiçoar, dando aos projecteis uma velocidade inicial superior a 1.300 metros por segundo.


Referência bibliográfica

[n.d.] - "A nova balistica - O famoso canhão francês" in Diário dos Açores de 5 de Agosto de 1920, nº. 8550, p. 2-3 (col. 7; 1). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1096.



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