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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.1133)

Recebemos sabado, já tarde, e por isso não lhe demos publicidade mais cêdo, a seguinte local que nos enviou o sr. dr. Estrela Serpa, conceituado facultativo municipal nas Capelas.

A proposito da local que vamos inserir, acrescentaremos que o sr. dr. Estrela Serpa durante seis anos exerceu clinica entre pestosos da ilha Terceira.

Era medico na Serreta quando ali rebentou a epidemia, tendo sido louvados os seus serviços no “Diario do Governo”.

Alem d’isso os ultimos dois anos do seu curso medico no Porto sob a sabia direcção do professor sr. dr. Sousa Jr. dotaram-no de habilitações especiais no tratamento d’esta doença, e por isso maior valor tem o escrito de s. ex.ª que gostosamente inserimos.

Sendo este o assunto da actualidade, que muito interessa o grande publico, por ser o primeiro interessado, e o primeiro a sofrer-lhe as consequencias, deve este tomar a sua defesa a peito e não esperar tudo da iniciativa do Estado.

A peste é uma doença do rato e acidental no homem. É transmitida ao homem quando a pulga do rato pestoso o morda inoculando-lhe o bacilo de kitasato – Yersin.

Não havendo rato pestoso ou peste murina não haverá peste humana.

Qual será portanto a melhor maneira de acabar com a peste humana? Acabar com o rato pestoso ou melhor matar os ratos.

(...)


Referência bibliográfica

F. Estrella Serpa - "A péste" in Diário dos Açores de 12 de Outubro de 1920, nº. 8607, p. 1 (col. 3-4). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1133.



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