Tem valido em muito aos transportes, as industrias e ao consumo domestico a grande reserva florestal de que dispunhamos; mas certo é que ela está profundamente abalada, sendo preciso pensar muito a serio na sua reconstituição e aumento para a produção de madeiras para obra, para lenha, etc.
Como a falta de carvão se virá a conservar por muito tempo, preciso é olhar-se para a rapida e especial produção de lenhas, e para isso, o “Eucaliptus” presta-se, como poucas arvores, a esse fim, com resultados seguros e lucrativos.
Uma plantação de “Eucaliptus” pode dar já produtos dos 6 aos 8 anos, cortando-os rente ao chão, para ficarem em talhadia.
Como rebentam facilmente da toca, dentro em pouco – 5 a 6 semanas – cada pé se encherá de rebentos crescendo com vigor. Estes rebentos são depois desbastados, deixando em cada toca apenas os 2 ou 3 melhores, numero que ainda pode ser reduzido conforme se afigurar conveniente.
Destes desbastes já se aproveita bôa rama para fornos.
Depois, de 6 em 6, de 7 em 7, ou de 8 em 8 anos, ou mesmo mais, conforme o calibre da lenha que se deseja se fará um corte igual ao primeiro, obtendo-se um periodos curtos, certissimos rendimentos.
O assunto é importante e a ele voltaremos ainda, visto ser de muito tentar.
Uma das razões por que a maioria de certos espiritos interesseiramente egoistas, ou pouco esclarecidos, invoca para se justificar da má vontade ou negação a cultivar arvores, é o dizerem que os seus rendimentos virão a ser colhidos só muito mais tarde, só depois de muitos anos e... por outros!
Ora, a cultura dos “Eucaliptus” em talhadia para a produção de lenhas, varas, folhas, etc., pode começar a pagar generosamente todas as despesas e trabalhos aos 6 anos, repetindo-se depois em periodos curtos e certos.
E quem haverá aí, por velho que seja, que não alimente a esperança de viver ainda uma boa duzia de anos?
Ciênias da Terra