Flammarion não era só o astronomo ilustre que vulgarisou a astronomia de maneira a todos poderem alcançar um certo numero de conhecimentos que a tornam recreativa e por isso mesmo acessivel a qualquer mortal que deseja conhecer um pouco do céu.

Flammarion era tambem um grande observador, um profundo pensador, um espirito revestido de uma logica brilhante, perante a qual todos se curvam! Flammarion era um simples que vivia da propria luz da sua alma, tinha o condão de “saber ouvir, o que não é muito vulgar. Tudo e todos lhe serviam de observação e de estudo. Era um erudito luminoso e um “charmeur” que atraia a si o mundo inteiro.

Foi um ente privilegiado e feliz. A sua primeira mulher adorava-o como a Deus e a segunda sentia por ele a maior das admirações.

Flammarion não era rico, mas não lhe faltava nada; ganhava muito, porque os seus artigos eram pagos a peso de ouro; as suas obras são inumeras e as ofertas eram muitas. Vivia como rico – mas pelo seu trabalho. As suas observações psiquicas são de uma clareza especial.

Apesar do trabalho que lhe dava o seu Observatorio de Juvisy, passou parte da sua longa vida preocupado pelo terrivel misterio da Morte, o que lhe fez escrever varias obras sobre o assunto: “L’Inconnu”, “Avant la Mort”, “Pendent la Mort”, “Aprés la Mort”, “Les maisons hautiés” e um ultimo – “Les Fantômes  devant les Sciences d’Observation”, que ainda estava em preparação.

N’estes livros Flammarion prova a existencia de uma outra vida por imensos factos entre os quais estão autenticados por testemunhos de valor e outros por processos juridicos.

Que a nossa saudade vôe até onde ele estiver e possa ele de alguma forma vir-nos demonstrar que “se não enganou no seu caminho” como Santa Tereza do Menino Jesus o veio afirmar nos seus conhecidos milagres.

M. Frondoni-Lacomb