Texto da entrada (ID.1329)
Todos os annos se faz grande matança nas pescarias de pérolas finas e mais especialmente em Ceylão. Para descobrir as pérolas que pódem conter, os preciosos moluscos são com effeito abertos logo que os pescam, mas sem que nada permitta saber préviamente se essa operação será fructuosa. Por isso os bancos de pérolas despovoam-se em proporções enormes e muitas vezes sem proveito. Para remediar este inconveniente, um sabio francez, o professor Dubois, da Universidade de Lyon, teve ha algum tempo a ideia de appellar para a radiographia e verificou que era possivel, pelos raios X, vêr se o animal encerrava pérolas, qualquer que fosse a espessura da concha. D’este modo abrir-se-iam sómente as ostras que contivessem as maiores pérolas e reservar-se-hiam as ostras. Mas ao professor Dubois foi objectado que se perderia muito tempo a radiographar as quantidades de ostras que são destruidas em cada estação de pesca, e que, por isso, a invenção não era prática.
Um engenheiro americano, porém, acaba de avançar n’esse caminho. Construiu poderosos apparelhos para a producção dos raios X, munindo-os de um dispositivo de rotação que permitte radiographar mais de 100 ostras em 15 segundos, ou cerca de 500 por minuto, 24:000 á hora e 500:000 em 48 horas.
Referência bibliográfica
Mercurio - "Casos e notas - O raio X e as ostras"
in Diário dos Açores
de 6 de Março de 1908, nº. 5028, p. 1 (col. 2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1329.
Detalhes
Nome do Jornal
Mostrar detalhes do Jornal
Data da Fundação
Nome do Fundador
Nome do Director
Nome do Redactor
Nome do Administrador
Bibliografia
Número
Título(s) do Artigo
Título
Género de Artigo
Opinião
Tema
Ciências da Natureza
Palavras Chave
Notícia