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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.1350)

Na Inglaterra, na Allemanha e nos Estados-unidos estão-se occupando dos effeitos que produz na vista a lus artificial. Experiencias feitas na Allemanha por Schanz e Stockansen mostram que o maximo de intensidade luminosa que o olho humano póde supportar sem prejuizo, é de tres quartos de véla por centimetro quadrado. Pois bem: resulta que as lampadas de incadescencia formadas por filamentos de carvão e vidro por esmerilar, téem uma intensidade cem vezes maior que o limite indicado, as lampadas de filamentos metallicos, 200 vezes mais; as do systema Nernst, 550; e as de arco voltaico, 4.000 vezes mais. D’ahi empregaram se para proteger a vista contra a acção das lampadas muito intensas, globos fôscos, com que se gasta inutilmente um grande quantidade da luz produzida. Tendo em conta todos estes dados e considerando que aquillo a que se aspira com a luz artificial é obter na pratica uma reproducção o mais perfeita possivel da luz natural, espera-se que no futuro se usarão, mais que as lampadas, tubos em que circule, à maneira de fluido aeriforme, uma luz mais suave e mais tenue, de modo que, emanando de muito maior superficie, produza nas habitações o effeito da luz diffusa de um dia claro, mas que em cada ponto tenha uma intensidade inferior ao limite a que a vista humana póde resistir sem prejuizo.

Referência bibliográfica

Mercurio - "Casos e notas - A illuminação artificial e a vista" in Diário dos Açores de 16 de Março de 1908, nº. 5036, p. 1 (col. 3). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1350.



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