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Texto da entrada (ID.1474)

Conferencia

O sr. dr. Bentes continuou hontem as suas perlecções sobre physiopathia ou methodo natural de cura, adoptado no seu posto da Avenida.

Sua ex.ª explicou hontem em continuação do que tinha dito na conferencia de domingo anterior, como se tratavam as congestões e qual o meio de as evitar.

Mostrou que os individuos que seguem uma vida simples, morigerada, e que usam moderadamente da agua, raramente são atacados d’esta enfermidade, a qual em grande numero vem aos plectoricos, aos que abusam do alcool, das longas cestas [sic], dos excessos de toda a ordem.

Nos effeitos das hemmorrhoydas externas que se traduzem por paralysias completas pouco se póde fazer.

Quando se traduzem por paralysias e enfraquecimento de funcções é muito mais racional e eficaz buscar restabelecer por applicações fracas e quentes convenientemente feitas o equilibrado circulatorio e levantar o organismo por uma alimentação simples e corroborante do que usar do iodeto de potassio, da strychinina ou mesmo dos purgantes, repetidos dos choques electricos ou das maçagens [sic].

Só o organismo tem força para se reconstituir e curar, e seguramente esta cura será difficultada com o emprego de agentes que enfraquecem as forças digestivas.

Nas congestões e ataques apopleticos agudos a physiopathia só tem meios de acção.

O que vulgarmente se usa é o purgante drastico ou a sangria, mas o purgante é inutil ou prejudicial quando o doente o não póde tomar ou não tem força para o expellir.

A sangria é muitas vezes inefficaz e tanto que tem sido abandonada.

Os banhos quentes aos pés e os sinapismos são meios já tirados á phisiopathia e tendem a actuar sobre a circulação.

Por meio das cataplasmas de flores de feno prolongadas, applicadas successivamente ao ventre, aos pés e aos braços, com intervallos inferiores aos periodos de reacção, seguidos de pequeninas applicações frias, podemos com uma excepcional energia restabelecer o equilibrio circulatorio, dando tempo ao organismo e despertando as suas forças de reacção ou de vitalidade para se restabelecer.

A practica confirma a theoria como foi muitas vezes brilhantemente provado na clinica de Kneippe e como o está sendo na clinica de todos os seus discipulos.


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Conferencia" in Diário de Notícias de 10 de Dezembro de 1900, nº. 12578, p. 2 (c. 6). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1474.



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