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Texto da entrada (ID.1608)

Construções navaes no arsenal da marinha

As obras no «D. Amelia»

Continua a trabalhar-se com a maior actividade no cruzador «Rainha D. Amelia», estando já bastante adiantados os trabalhos de installação das suas divisões internas, suas machinas, caldeiras e accessorios, assim como a dos apparelhos auxiliares.

Já se acham tambem concluidas muitas peças para o seu armamento, como turcos, balaustres, etc., e grande parte das innumeras ferragens necessarias a este navio.

Actualmente, além de outros trabalhos, está-se procedendo á construcção da mastreação, que é de aço, sobre a qual devem assentar metralhadoras ou canhões rewolvers [sic], nas respectivas gaveas. Tambem se estão montando proximo da carreira as duas chaminés para este cruzador, que são de secção elliptica e de uma altura de cerca de 12m,00.

Canhoneira torpedeira

Prosegue-se [sic] egualmente com actividade aos trabalhos para o assentamento d’este navio na carreira para o que se acham já viradas e furadas grande numero de cantoneiras que lhe são destinadas, esperando-se ainda novas remessas de material para este navio, afim de dar seguimento ao restante trabalho.

Para a sua machina, que tambem está sendo construida no arsenal, continua a trabalhar-se com assiduidade nas officinas de moldes, fundições e machinas.

Não está ainda fixado o dia em que terá logar a cerimonia da cravação do primeiro rebite, festa identica á que se realisou em 18 de agosto de 1897 para o cruzador «D. Amelia».

Se, apesar da boa vontade do pessoal, não só operario como dirigente, estes trabalhos, tanto do cruzador como da canhoneira, se acham relativamente atrazados, esse facto é sem duvida devido a que outros muitos são executados n’este estabelecimento, taes como o da construcção e installação de novas officinas, o das reparações de navios e outros, onde tambem é empregado um pessoal operario relativamente numeroso.

A nova construcção

Não é exacto que se trate por emquanto [sic] da [n]o[v]a construcção que deve succeder á canhoneira-torpedeira, comquanto [sic] alguma cousa se tenha já pensado a tal respeito.

(…).


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Construções navaes no arsenal da marinha" in Diário de Notícias de 17 de Fevereiro de 1900, nº. 12284, p. 1 (c. 4-5). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1608.



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