Tuberculose ossea

Cura pelo remedio Galiano

SR. REDACTOR. – PEÇO-LHE o favor de publicar no seu conceituado jornal o seguinte:

Soffrendo ha quatro annos de tuberculose ossea, na região dorsal, recorri a alguns facultativos d’esta cidade, para me tratarem; porém, infelizmente, sem o menor resultado, porque os tumores augmentavam cada vez mais. Um dos facultativos foi de opinião que me retirasse para a minha terra natal, S. Cosmado de Armamar, o que immediatamente fiz.

Ali fui tratado por um medico que por duas vezes me lancetou os tumores; mas, por mais cuidados que me dispensasse, o meu estado era cada vez peior [sic].

Passados alguns mezes, já sem esperança de recuperar a minha saude perdida, ouvi falar n’uma cura de tuberculose, realisada pelo Remedio de Galiano, em um empregado de ill.^mo sr. José Branco Soares Galliza, da rua do Laranjal, d’esta cidade.

Na esperança de não ficar inutilisado, regressei ao Porto, e dirigi-me ao hospital Geral de Santo Antonio, onde dei entrada no dia 19 de agosto de 1898.

Ali me disseram ser necessaria a raspagem da espinha dorsal; fiquei desnorteado, porque se entrei n’aquelle estabelecimento foi porque me informaram que lá se applicava o Remedio de Galiano: porém, certo de que ali não faziam uso d’elle, retirei-me, não me sujeitando a nenhuma operação.

Indaguei onde morava o ill.^mo sr. João Joaquim de Sobral Galiano, e, procurando-o, mostrei-lhe o estado grave em que me encontrava, e a falta de recursos com que luctava.

Pois aquelle cavalheiro caridosamente me recolheu em sua casa, applicando-me o maravilhoso especifico da sua invenção, e com tal acerto, que hoje acho-me completamente curado.

Faço esta declaração, convencido de que presto bom aviso a todos os que soffrem de tuberculose ossea, pois que o unico especifico para debellar tão terrivel enfermidade, é o Remedio anti-escropholoso de Galiano.

Porto, 20 de março de 1900.

José Luis de Carvalho

Rua de Santa Catharina, 232.

O depositario em Lisboa é o sr. Carlos Gomes, R. Retroseiros, 45, 1.º