Texto da entrada (ID.1908)
Um chimico inglez, o sr. John Campbell, acaba de tirar exclusivo de invenção para um processo de fabricar coiro com materias primas baratas, entre as quaes poderemos citar as algas marinhas, pellos de cabra, musgo, certas gommas, etc. O fabrico do novo coiro é completamente do segredo do sr. Campbell, e como facilmente se comprehende, aquelle sr. guarda-o bem.
Não é sua pretenção offerecer um producto superior aos coiros naturaes, mas sim um artigo muito mais barato do que aquelles, e prestando-se a numerosos usos. Enumeremos os mais curiosos: com o seu coiro artificial o sr. Campbell fabrica solas e saltas para botas de agentes de policia e de carteiros, molduras para quadros, correias de transmissão para machinas a vapor, bolas de bilhar, taboleiros de xadrez e outros jogos, mezas e mil outros objectos. As solas e os saltos foram já experimentados pela administração da policia e pela dos telegraphos, dando esplendido resultado: depois de nove mezes de uso o calçado estava ainda em boas condições.
O futuro industrial d’este producto que não é inflammavel, parece ter a sua principal applicação no fabrico de tabiques, trabalho de alvenaria, soalhos, etc., imitando marmore e diversas qualidades de madeira. Empregando algas de varias proveniencias e principalmente algas do Japão, o iventor consegue produzir marmores d’uma espantosa variedade de côres e de desenhos.
Referência bibliográfica
Iman - "Revista Scientifica - Diversas noticias - (de “La Nature”) – Coiro artificial"
in Diário dos Açores
de 21 de Julho de 1908, nº. 5133, p. 1 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=1908.
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