Desde o dia 2 de maio ultimo que está interrompida a linha telegraphica da ilha Terceira e a companhia concessionaria, como já dissemos, não tem providenciado para que ela fosse prontamente reparada, porque são minguados os interesses que d’ali lhe adveem. E assim continuam os terceirenses privados de communicações telegraphicas.

Em Janeiro ultimo, o sr. Alvaro de Bulhão Pato director da alfandega de Angra, quando apresentou o seu relatorio, propôs ao governo a aquisição de uma embarcação para o serviço fiscal naquele districto e logo que a linha telegraphica ficou interrompida, renovou a sua proposta, ponderando a conveniencia de ir ao menos provisoriamente, uma lancha a vapor para a alfandega de Angra e que servisse para conduzir correspondencia que seria expedida em qualquer estação telegraphica de S. Jorge.

(...) com o despreso com que foi recebida a proposta do sr. Bulhão Pato estão os terceirenses privados de communicações telegraphicas, como teem as outras ilhas, e sabe Deus quando é que a companhia, zelosa dos seus interesses, tratará de restabelecer o serviço d’aquella linha que considera de nenhuma importancia.

Não sabemos mesmo se havemos de incitar os nossos patricios a que continuem a reclamar a dita lancha a vapor para lhes levar a correspondencia(...)