As Conferencias do DIARIO DE NOTICIAS

O PROBLEMA AGRICOLA

A sala inteira aplaude com calor a conferencia do ilustre professor sr. D. Luiz de Castro

A melhor maneira de servir a Patria é servir primeiro as regioes que a compõem

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O tema da conferencia versava, um [d]os assuntos de maior importancia, se não o de importancia maior, para o desenvolvimento e prosperidade da nossa terra. O problema agricola, como muito bem disse o nosso apreciado colaborador nas suas primeiras palavras, é o problema português!

Á medida que o sr. D. Luiz de Castro ia esplanando [sic] os diferentes aspectos da questão, mais e mais a sua palavra nos ia prendendo, agora descrevendo-nos com impressionantes detalhes as virtudes das estações agronomicas, mais adeante pomenorizando as vantagens de uma politica hidraulica e florestal inteligentemente aplicada; fazendo a apologia dos adubos quimicos, (…).

O problema agricola é no seu fundamento um problema universitario de sciencia

O conferente faz sumariamente a historia da instrução agricola entre nós, destacando os nomes de dois sabios portugueses: Ferreira Lapa e Bernardo Lima por motivo da sua dualidade scientifica. Sabios na catedra, sabios na investigação, brilhariam em qualquer constelação internacional de homens de sciencia.

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O maior salto progressivo da lavoura portuguesa vem sobre tudo dos dois sabios professores e investigadores Lapa e Lima. É a demonstração mais clara da influencia de sciencia «professada e investigada internacionalmente» sobre o desenvolvimento economico de um país. É preciso, urge reatar a tradição desses homens de sciencia.

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A carreira scientifica é nobre entre todas. (…).

Esboça a fórma de atrair os moços de decidido merito para a pesquiza scientifica e como conseguir professores-investigadores. Insiste na organização dos institutos scientificos especializados anexos ás Universidades. Cita a França. Advoga a orientação agronomica desses institutos em Portugal. Confronta os nossos Institutos com as nossas Universidades, dizendo que é preciso completarem-se e estimularem-se. Faz um apêlo caloroso ás Universidades portuguesas para que entrem nesse caminho na quimica agricola, na oenologia, na agricultura, na oleotecnica, na microbiologia, «nacionalizando-as», preparando-as «portuguesas», regionais, provinciais.

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E o conferente faz a apologia da agricultura patria, passando a apontar a importancia das estações agronomicas como instituições scientificas de pesquizas, guiadoras, orientadoras do oficio agricola.

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