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Le Problème de l’Univers, por A. A. Moraes de Carvalho. – O sr. Moraes de Carvalho propõe-se estudar o problema do Universo, servindo-se dum novo metodo scientifico, denominado o metodo interpretativo. Consagra os varios capitulos deste seu magnifico livro, que bem se póde chamar um tratado de filosofia, ao estudo da gravitação, do calor, da luz, da composição dos corpos, da electricidade, do magnetismo e da radioactividade; aos conceitos fundamentais do movimento, espaço e tempo; e, por fim, ao estudo da vida, da alma e da origem das especies.

Explica, pela existencia de duas substancias, dotadas de propriedades activas, as quais só por si constituem o Universo, e que são a materia e o fluido etereo, todos os fenomenos fisicos e psiquicos. Deve-se notar, porém, que a materia, para o autor, não é o classico coeficiente de resistencia, nem a substancia inerte, indeterminada, indifinida [sic], da antiga filosofia. Ela é antes uma realidade objectiva, dotada de numerosas propriedades.

Como diz o sr. Moraes de Carvalho, essas duas substancias – a materia e o fluido etereo – não teem uma unica propriedade comum. O fluido etereo é assim a antítese da materia; e, quando puro ou quase puro, apresenta-se dotado de atributos psiquicos que a materia não possue. A explicação do Universo, fim geral de toda a filosofia, reduz-se, pois, ao conhecimento dessas duas substancias imutaveis e das duas forças que lhes são inerentes.

Partindo das hipoteses estabelecidas, chega o sr. Moraes de Carvalho á conclusão de que no Universo não ha outra coisa senão materia e espirito, nem outras forças alem das propriedades activas destas substancias; que todos os corpos celestes são agregados temporarios de materia e espirito; e que todas as modificações da natureza, bem como todos os fenomenos, não são mais que resultantes das acções reciprocas das propriedades da materia e do espirito.

Le Problème de l’Univers, livro de grande formato e de perto de 600 paginas, é escrito em francês, com o intuito de lhe dar maior vulgarização.

[NOTA - A numeração da edição que aparece no original consultado está errada, por erro, anterior, na contagem: assim, em vez de ser o n.º 19614 -- o que aqui se registou --, aparece o n.º 19613]