Texto da entrada (ID.2383)
A medicina, ao contrario do que vulgarmente se affirma, não pára.
Ainda não ha muitos annos que a diphteria dava uma mortalidade de cerca de noventa por cento. O sôro de Behring na injecção do dr. Roux baixou logo sua percentagem a uma insignificancia e, quando applicada a tempo, a zéro, ficando considerado tanto para as mães como para a sciencia como um remedio verdadeiramente salvador.
p. 2 o mesmo ácerca do sôro antitetanico que é um remedio heroico livrandio d’uma morte certa e horrorosa os que atacados do terrivel mal sejam tratados por elle, opportunamente.
Falta muito a fazer: o cancro e a tuberculose não teem ainda medicação especifica, mas ha esperanças d’alcançar-se a sua dominação.
Agora, segundo lemos, está a sciencia em via d’anniquilar um terrivel inimigo do genero humano - a lepra. Vejamos o que ha já obtido sobres este assumpto.
Um novo tratamento, inaugurado pelo sr. dr. Deycke, antigo director da Escola de medicina Pratica de Constantinopla, parece ter dado os mais animadores resultados para a cura da lepra. (apresentou os resultados numa conferencia na Escola de Medicina Tropical de Londres.)
De lepra não se conhecia senão o microbio, descoberto ha muitos annos por Hansen. Experimentou-se em vão cultivar esre microbio.(Deycke conseguiu isolar o microbio streptrothrix leproide, e depois injectou num doente uma cultura viva do microbio, tendo repetido o tratamento, acabou por o curar.
Posteriormente isolou a nastina.)
Do Heraldo da Madeira
Referência bibliográfica
[n.d.] - "A cura da lepra?"
in Diário dos Açores
de 5 de Agosto de 1908, nº. 5146, p. 1-2 (col. 6; 1). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2383.
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