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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.2409)

Deixar operar a natureza, diz uma revista extrangeira, é ainda o principal recurso da medicina e da cirurgia.

Ella possue energias restauradoras, que na maioria dos casos dispensariam a intervenção da sciencia. Esta pouco mais faz do que auxilial-as.

(...) Assim que se produz uma ferida, grave ou ligeira, aquellas maravilhosas cellulas vivas conhecidas pelo nome de globulos brancos do nosso sangue, que existem por milhões no fluido vital, acodem pressurosas ao local da irritação.

(...)

Os globulos brancos formam uma camada reconstituiva da qual o novo tecido destinado a substituir a substancia perdida se ha-de formar e elaborar.

(em seguida explica como se reconstituem os ossos em caso de quebra)

Nas formas inferiores da vida as energias restauradoras na natureza são ainda mais poderosas e notaveis.

Encontra-se nas lagôas e pantanos um pequeno animal do comprimento de um quarto de pollegada, chamado “polypo de agua doce”.

O seu corpo resume-se num simples tubo fixado por uma das extremidades numa planta aquatica e possuidor de uma boca rodeada de tentaculos na extremidade livre.

Por meio d’estes ultimos orgãos o animal captura a presa, paralysando-a primeiro pela acção de certas celulas picantes que se embebem no corpo do animal.

Dos lados do corpo da hydra parecem formar-se como que botões ou rebentos que se desenvolvem, á medida que ela cresce, e não tardam em apresentar também uma boca e tentaculos, offerecendo o espetaculo de jovens hydras desabrolhando do flanco da hydra mãe. Pode assim reproduzir-se mais de uma geração d’esses rebentos e as hydras secundarias, agomando por sua vez, podem apresentar-nos á vista uma arvore genealogica viva composta de tres gerações ligadas umas às outras.

(...)

Trembley, o naturalista, descobriu em 1744 que esta creatura possue um extraordinario poder de auto-reconstituição.

(...)


Referência bibliográfica

[n.d.] - "A natureza e a medicina" in Diário dos Açores de 24 de Agosto de 1908, nº. 5161, p. 1 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2409.



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