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Sifilis terciaria
OS ACIDENTES secundarios desapareceram; varios meses, anos passam; o doente ficou curado e a infecção tem tantas mais probabilidades de ficar latente quanto o tratamento de inicio fôr mais intenso e mais prolongado; ou ainda a vigilancia tendo sido imperfeita, acidentes novos aparecem, a maioria das vezes destruidores e pouco numerosos, então um tipo diferente dos acidentes secundarios que, são superficiais, numurosos [sic], disseminados; são os acidentes terciarios que caracterizam o periodo terciario da sifilis.
A sifilis terciaria é uma étape evitavel da infecção porque a acção enfraquecedora e agravante do «terreno» é bastante rara: a juventude ou a velhice, um mau estar geral hereditario ou adquirido, cansaço, tuberculose, escrofulo-linfatismo, paludismo, alcoolismo, traumatismo, etc. O grande factor da sifilis terciaria é a insuficiencia de tratamento «Gougerot». A prova é dada pelas estatisticas e não ha duvida que estes numeros não abaixaram ainda com os progressos do tratamento anti-sifilitico (arsenico, mercurio, bismuto).
A frequencia das recidivas que é de 4,2 % no primeiro ano, atinge o seu maximo no segundo e terceiro anos: 9,5 % no segundo ano 10,7 % no terceiro (Fournier); depois, diminue a partir do quarto ano para descer a 3 % no decimo ao decimo quinto; baixa a 0,8 % no 21.º ano, a 0,03 % no 31.º ano e extingue-se progressivamente daí em diante.
Isto quer dizer que todo o sifilitico se deve tratar sempre, e como vemos que os tratamentos pelo arsenio (914 e Sulfarsenol), bismuto e mercurio não têm dado grandes resultados, necessario se torna encontrar o medicamento que tal consiga. E ele existe? Sim, é o Depurativo Dias Amado (Antonio), que tem assegurado a vida a muitos doentes já desiludidos.
Enviamos o Elucidario Medico Terapeutico do Dr. Sousa Lacerda aos exm.ºs medicos que o requisitarêm, Consultas medicas diarias das 12 ás 14 horas. Farmacia Luso-Brasileira, Largo de S. Paulo, 21.
Referência bibliográfica
[n.d.] - "Sifilis terciaria"
in Diário de Notícias
de 8 de Março de 1925, nº. 21239, p. 3 (c. 2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2511.
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