A TUBERCULOSE

Outro alvitre para o seu tratamento

De um leitor recebemos a seguinte carta, que vem lembrar um oportuno alvitre agora que volta a estar em fóco o tratamento da tuberculose:

Sr. Redactor: – Parecendo depreender-se das entrevistas de dois abalisados medicos especialistas na cura da tuberculose a influencia dos raios X e das radiações ultravioletas no seu tratamento, e tendo lido num relatorio scientifico norte-americano a intensificação do estudo da electricidade atmosferica e, peculiarmente, do gradiente do potencial electrico, pelo estabelecimento de postos devidamente equipados para a investigação das possiveis relações entre essa sciencia e a higiene humana, pelas quais se enpenha [sic] a «National Tuberculosis Association», lembrava-me da conveniencia de, em Portugal, se recomeçarem as observações sobre electricidade atmosferica e, mui principalmente, nos postos de grande altitude, a fim de se reconhecer se a cura dessa doença se deve atribuir exclusivamente á questão electrica,

E, se digo recomeçar – porque, no momento actual, observações algumas se realizam, devido á grave crise que a Sciencia atravessa. E, para frisar bem que, em 1877, quando os trabalhos sobre electricidade atmosferica se encontravam ainda embrionarios em todo o mundo, dois ilustres oficiais da Armada, J. Capello e A. C. da Silva, iniciariam brilhantemente no observatorio do «Infante D. Luis», essas observações as quais, ao que me consta, se estendem apenas até 1889.