Conta Constantino VII que um anjo déra ao primeiro imperador christão Constantino o admiravel fogo liquido que levava nas aguas o fogo aos inimigos. Parece que os imperadores bysantinos se serviram d’esse fogo, cuja propriedade principal era inflammar-se ao contacto da agua, desde o anno 678.

Depois de um longo esquecimento, o segredo do fogo grego grego acaba de ser reecontrado, segundo noticia a “Gazeta de Francfort”, pelo engenheiro Fiedler, de Berlim.

A sua composição, por desejo das auctoridades militares, não foi divulgada. A experiencia fundamental de Fiedler é esta: n’um recipiente esmaltado, que contém o liquido em questão, deita-se um fio de agua, immediatamente jorram grandes chammas e uma espessa fumarada espalha-se com um odor a petroleo. O imperador ficou tão surprehendido d’estes resultados, que se não cansa de os confirmar. Já fez renovação das experiencias executadas cinco vezes na sua presença com um gosto theatral.

N’um tubo vertical, ao centro de um tanque, deita-se o liquido inventado por Fiedler, de maneira a obter um effeito similhante aos jogos de agua; quando as gottas, cahindo, se põem em contacto com a agua, inflammam-se cobrindo de fogo a superficie, que fica abrazada.

Pensa se já em utilisar o novo producto para a defesa dos portos e das costas, assim como para a destruição de pontes.

Veneza, em caso de necessidade seria aniquilada em alguns instantes pelo engenheiro Fiedler.

Propoz-se um premio de 1000 marcos a quem extinguir estes incendios ateados pela agua.