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Texto da entrada (ID.2554)

SOLO E PLANTA

As maquinas na agricultura

No artigo anterior fiz referencias á cultura mecanica, sob o ponto de vista tracção, hoje vou fazer uma rapida descrição de um tipo de charruas, ainda pouco conhecido no nosso meio agricola e que pela facilidade e perfeição do trabalho merece ser divulgada.

A charrua vulgar de relha e aiveca, qualquer que seja o seu autor, precisa de um esforço de tracção relativamente grande, e, rasgando mais do que corta, se o terreno não estiver em boa conta de humidade, o que sempre acontece no verão, epoca em que as lavouras são mais vantajosas, não profunda [sic] e muitas vezes salta.

Com a charrua de discos, o trabalho simplifica-se, porque com o seu peso cortam como navalhas bem afiadas e não rasgam; a leiva é bem virada, e toda a vegetação fica enterrada, sendo preciso apenas metade do esforço.

Já existem no nosso país algumas charruas deste tipo, não reversiveis, e com quatro e cinco discos, para a tracção mecanica, mas outras ha, de um só disco, que, na média e pequena cultura, podem prestar relevantes serviços, puxadas por uma só junta de bois.

Vou referir-me a dois modelos que posso aconselhar por já os ter experimentado praticamente.

Charrua reversivel Chattanouga:

Tem dois discos, que quando um vai enterrado, o outro vai suspenso, para no fim da torna se inverterem com um simples movimento de alavanca e voltando o gado; a profundidade do rego e largura da leiva são tambem regulados com a maior facilidade.

Esta charrua tem as seguintes caracteristicas:

1.º Suporte dos discos, muito forte e com lubrificação á prova de poeira;

2.º Armação de aço batido;

3.º Engrenagem de ferro batido;

4.º Discos com 28 ou 30 centimetros;

5.º Peso, 318 ou 325 quilos.

Charrua Spalding:

Este modelo serve para lavouras a maior profundidade, tem dois discos e não é reversivel.

O primeiro disco corta a uma profundidade média de 0m,20, o outro, seguindo pelo fundo do primeiro corta mais 0m,23, ficando portanto a terra revolvida a 0m,43. Com esta disposição a camada mais superficial vai para o fundo e a mais funda vem para a superfIcie. Em terras que não sejam extremamente apertadas consegue-se profundar a 0m,50.

A. FIGUEIREDO E MELO.

[NOTA - O artigo tem duas fotografias das máquinas]


Referência bibliográfica

A. Figueiredo e Melo - "SOLO E PLANTA / As maquinas na agricultura" in Diário de Notícias de 24 de Abril de 1925, nº. 21286, p. 5 (c. 2-3). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2554.



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Agricultura

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