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Texto da entrada (ID.2636)

(...) é conveniente que os profanos façam uma ideia um tanto approximada do que são os apparelhos com que se intenta dominar o segundo elemento.

Antes de continuarmos no que poderiamos dominar Pequeno lexico do aeronauta, é conveniente lembrar que a navegação aerea se effectua por meio de duas especies diversas d’apparelhos:

Apparelhos mais leves que o ar (balões dirigiveis).

Apparelhos mais pesados que o ar (aeroplanos).

Vejamos agora o diccionario de cada um d’estes dois systemas.

I Dirigiveis

São globos de fórma comprida para vencer a resistencia do ar, que constam de um envolucro cheio de hydrogenio e de uma barquinha; dirigem-se por meio de um ou varios helices, postos em movimento por um ou varios motores.

p. 2 Divisão dos dirigiveis – Para que um balão se considere perfeitamente dirigivel é preciso que o seu envolucro seja rijido por completo.

Essa rigidez alcança-se já por meio de uma rede metallica que envolve o globo de hydorgenio, como no Zeppelin, já por meio de uma rede semi-rigida, que permitte que a questão interior seja constante, como nos dirigiveis Patrie e Republique, já mediante um globo compensador cheio de ar, cujo volume, segundo a expansão ou a diminuição de gaz hydrogenio, diminue ou augmenta para manter constante pressão, como no Ville de Paris.

Força ascencional – É a força que possue o hydrogenio e que lhes permitte levantar mais ou menos o peso do apparelho. Varia com a especie de dirigivel que se emprega; a Republique e o Ville de Paris teem uma força ascencional muito maior que o Zeppelin, que possue uma rede metallica muito pesada.

Lastro – É o peso que levanta o balão. Comprehende os passageiros, o motor, o deposito d’agua e os saccos de areia.

Equilibrio – É o additamento collocado na parte posterior dos globos dirigiveis e que serve para evitar o balancear, que se chega a ser muito pronunciado, póde deformar o globo. Exemplos: no Republique o apparelho na fórma de mariposa que vae na parte posterior, no Ville de Paris, são uns tubos cheios de hydrogenio, dispostos no mesmo logar.

Helice – Propulsor, de madeira ou metal, formado por duas ou quatro pás. Ha-os pequenos (Republique), que giram com muita velocidade, e grandes, que se movem lentamente.

Para expulsar ou attrahir o ar, as pás constroem se levemente curvas. É o que se dá o nome de passagem do “helice”.


Referência bibliográfica

[n.d.] - "A conquista do ar – Maneira de a realisar" in Diário dos Açores de 21 de Outubro de 1908, nº. 5211, p. 1-2 (col. 6; 1). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2636.



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