VAPOR «SEVILHA»

Vão começar as reparações de que carece

Vão dentro em breve começar as pequenas reparações de que carece o vapor «Sevilha», ha pouco chegado ao Tejo, que foi trocado pelo velho paquete «Porto», que tinha sido condenado a pontão pela comissão de vistoria que lhe procedeu ao respectivo exame.

Em volta dos vapores «Sevilha» e «Porto» foi levantada forte discussão, muito especialmente a dentro do Parlamento.

O «Sevilha», que ficará considerado como um dos nossos melhores barcos de carga, tem 324 pés de comprido, 46 de boca e 25 de pontal; a tonelagem bruta de 3751, verificada a liquida de 2.269 e a «deadweight» de 5.400. Tem 4 porões com 5 escotilhas, dois dos quais com coberta desmontavel e um outro, ‘«deeptant», que pode comportar 394 toneladas de carga ou oleo para combustivel ou lastro.

Em todo o barco, construido em aço, em fins de 1919, na America, ha uma capacidade total para 269.600 pés cubicos de carga. A maquina é turbina de sistema «Westinghouse» e tem a potencia de 1.500 cavalos, com duas caldeiras, possuindo ainda dois dinamos para energia electrica.

O «Sevilha» está provido das melhores comodidades e instrumentos exigidos pela navegação moderna, tendo até um excelente frigorifico, um grande projector e posto de telegrafia sem fios com potencia de 2 kw.

O consumo diario é de 20 toneladas de nafta, mas, devido ás reparações que vai receber, ficará gastando apenas cerca de 16 toneladas. É comandado pelo capitão da marinha mercante sr. João Henriques Morais, tendo como imediato o sr. Eduardo Lopes Sequeira e como engenheiro maquinista o sr. José Lopes dos Santos.

[NOTA - Contém uma fotografia]