No seu interessante livrinho Maneira de ter uma casa saudavel e n’um capitulo dedicado à limpeza e lavagem, - assumptos tão somente hygienicos, mas tambem scientificos” – mostra-nos o dr. Wilson o grande papel na obra civilisadora dos nossos tempos do sabão e lembra-nos os serviços relevantes que elle nos presta.

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O sabão tem sido denominado “o nosso grande civilisador”. (...) O sabão representa o resultado da acção de certos alcalis, principalmente soda ou potassa sobre gorduras. Combinando o alcali e a gordura é certo que obtemos tambem glycerina.

Para fazer sabão, se posso descrever brevemente o processo, vemos os fabricantes de sabão dissolver carbonato de soda em agua, e fervel-o com cal viva; forma-se a cal que precipita, emquanto a chamada “lixivia” fica ao de cima. Esta lixivia é chimicamente hydrato de sodio. Ferve-se então a gordura com a lixivia em estado fraco, forma-se o sabão, ficando a mistura mais forte, de sorte que a seu tempo toda a gordura se converte em sabão. Separa-se então o sabão (addicionando-lhe sal commum) da glycerina que se produziu, e deita-se em formas. A gordura ou cebo assim tratada dá “sabão branco”, o “sabão amarello” faz-se juntando resina á mistura do sabão e é lixivia.

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p. 2 Ainda outro ponto de vista da acção do sabão foi observado pelo professor Jevons. Elle notou que se dava um rapido movimento de particulas quando o barro se dissolvia em agua, e que, quando o sabão era addicionado à mistura, accelerava materialmente o movimento das particulas. D’aqui proveiu a sua idéa de que esta acção rodopiante do sabão na agua produzia sobre a pelle um effeito de um caracter muito distincto, tirando as particulas de immundice logo que a soda as tinha solto.

(seguem-se outros exemplos de sabão e sua composição)