Sob o titulo que nos serve d’epigraphe, publicou Jean d’Orsay o seguinte curiosissimo artigo: “Não ha outra definição da vida senão as suas manifestações: uma successão de phenomenos dos quaes a ordem e a natureza estão subordinadas a leis apenas conhecidas. As sciencias naturaes, a anatomia, a physiologia e a biologia são nomenclaturas de factos mais ou menos ligados entre si, mas dos quaes nenhum descobriu ainda o segredo da vida. A paleontologia tem investigado até nas entranhas da terra os antepassados da humanidade para ligar o homem á serie animal por uma sequencia de sêres para sempre desapparecidos. A philosophia tem construido desesperadamente systemas proprios para determinar o futuro da humanidade por concepções architectadas sobre a logica e a razão. E todos teem esbarrado de encontro ao mysterio da vida, que parece ser a muralha insuperavel que separa o homem da eternidade. A fonte da vida está velada como uma divindade terrivel da qual a approximação está para sempre velada á humanidade.

[n.d.] - "Pela sciencia - O rythmo da vida" in Diário dos Açores de 12 de Maio de 1909, nº. 5371, p. 1 (col. 1). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=2974.

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