Texto da entrada (ID.3060)
O formol, esse excellente antiseptico, é muitas vezes junto fraudulentamente ás materias alimentares com o fim de lhes assegurar a conservação. Era pois muito interessante estudar a acção que a ingestão repetida de pequenas dóses d’esta substancia podia ter no organismo. N’este intuito, M. Willey, conseguiu que doze individuos de boa saude, se sujeitassem á experiencia seguinte: cada um d’elles absorveu 100 a 200 milligramas de formol por dia, sendo a dóse total ingerida por cada um de 25 grammas de formol dissolvido em leite.
M. Willey constatou, então, os seguintes factos: durante dez dias não pode observar indisposição alguma apreciavel. Em seguida notou dores gastricas e intestinaes, caimbras, nauseas e vomitos. Em quatro dos individuos submettidos ás experiencias, deu-se uma erupção muito nitida do peito e das coxas, e muitos d’elles queixaram-se de uma sensação de queimadura na garganta. A urina era mais abundante e as fezes liquidas, tendo os pacientes um emmagrecimemtno de 200 a 500 grammas por dia.
Parece, pois, resultar d’estas experiencias que a introducção do formol nos alimentos é perigosa para a saude publica, sobretudo no leite, o mais vulgar alimentos de creanças e doentes.
Referência bibliográfica
Iman - "Revista scientifica - Notas e actualidades - Da “Revue Scientifique” - Hygiene alimentar - A acção do formol sobre o organismo humano "
in Diário dos Açores
de 30 de Agosto de 1909, nº. 5458, p. 1 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3060.
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