Texto da entrada (ID.3069)
N’uma obra intitulada “Mann und Weib” (o homem e a mulher) mr. Ellis estuda o rendimento da telegraphia Morse, segundo o serviço é confiado a grandes ou pequenas mãos. As conclusões do seu relatório não devem agradar ás feministas.
“Uma experiencia de 13 annos, escreve mr. Ellis, demonstrou-me que as mulheres são, como telegraphistas, muito inferiores aos homens. Estes pódem, durante algumas horas, transmittir 45 palavras ou, por outra, 600 signaes por minuto. Os signaes dos homens são mais nitidamente traçados; a differença entre os pontos e os traços é mais regular e melhor. Os signaes das mulheres misturam-se e confundem-se quando deveriam separar-se. A melhor maneira de telegraphar consiste em tocar o manipulador com a extremidade do indez, do dedo do meio e do pollegar. É assim que fazem ordinariamene os homens. As mulheres, pelo contrario, téem uma disposição para “dansar”, isto é, para mudar muitas vezes o modo de contacto. Ora tocam o manipulador com a extremidade do index, ora apoiam n’elle a articulação mediana, ora o tomam entre dois dedos. A mão é dominada então por um tremor que o olhar de um observador póde verificar. Acontece frequentes vezes, emfim, que ellas mudam duas ou tres vezes de posição no curso mesmo de uma só palavra. Parece que empregam a extremidade do dedo para os pontos e a phalange do meio para os traços. Os effeitos d’este mau methodo são de tal natureza, que um empregado experimentado recebendo um despacho, reconhece logo se elle foi transmittido por uma grande ou uma pequena mão”.
Referência bibliográfica
Syll - "Impressões e notas - As mulheres telegraphistas"
in Diário dos Açores
de 6 de Setembro de 1909, nº. 5464, p. 1 (col. 3). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3069.
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