O redactor do diario lisbonense “O Dia” realisou uma interessante entrevista com o sr. capitão tenente Joaquim José de Barros, chefe do Observatorio Meteorologico do Infante D. Luiz. (o que são as causas das auroras polares: descargas electricas, em forma de efluvio, descargas que parecem efectuar-se entre os cirros electrisadas positivamente pela acção dos raios ultravioletas e as massas negativas do ar ambiente. Fenómenos caracteristicos das regiões vizinhas dos circulos polares, por vezes são imóveis outras parecem dardejar raios, de altura variada, podendo atingir 80 ou mais kilometros, costumam aparecer mais na primavera e no outono, quando a declinação do sol é quase nula. No que se refere a tempestades magneticas, houve 1 em 31 de outubro de 1903, verificaram-se interferencias em aparelhos telegraficos em várias cidades da Europa, outras tempestades verificadas em 1859, 1872 e 1882, coincidindo sempre com os periodos da actividade maxima do sol. Em Portugal em 1903 também existiram perturbações. Em Coimbra continuam a fazer-se observações magneticas, mas tb se pensa em introduzir a tracção electrica tal como em Lisboa, o que fará parar essas observações. Em Lisboa teria de se construir um pavilhão magnetico afastado de electricidade, afastado a umas 15 milhas da capital. Seria equipado com pendulos sismicos.)

[n.d.] - "A tempestade magnetica" in Diário dos Açores de 19 de Outubro de 1909, nº. 5501, p. 1 (col. 4-6). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3115.

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