“ O ministerio de instrucção publica de França acaba de publicar uma circular, com o parecer da commissão, composta de professores notaveis como Proust, Brouardel, Roux e outros, incumbida de estudar e evitar os perigos resultantes dos laboratorios de bactereologia. A commissão começa por declarar o seguinte:

«Poder-se-ha prevenir e evitar qualquer accidente, desde que os directores de laboratorio saibam exercer em torno de si a acção necessaria, desde que estejam bem compenetrados dos seus deveres para com os estudantes e o publico, e da sua responsabilidade. Lembrar-lhes esta responsabilidade e prevenil-os de que lhes serão exigidas contas de qualquer accidente occorrido nos seus laboratorios, é a melhor medida que os poderes publicos podem tomar.

Pertence, portanto, aos directores de laboratorio escolher com cuidado o pessoal, devendo merecer-lhes mais particular attenção a escolha dos serventes. Estes agentes só devem ser nomeados quando se reconheça que são absolutamente capazes de cumprir as suas funcções, as mais das vezes bastantes delicadas.

Informados de todos os trabalhos que se façam em volta de si, os directores de laboratorio não deixarão fazer trabalho algum perigoso senão pelos auxiliares que, pela sua instrucção technica, estejam aptos para os realisar.

Não deverão autorizar a sahida das culturas para fóra do laboratorio, senão depois de se terem assegurado do seu destino.

Finalmente deverão manter toda a disciplina e impor a observação de diversas precauções.»

(...)”

Segue-se a enumeração e explicação de várias precauções a tomar nos laboratórios, desde o equipamento adequado à desinfecção, às condições dos animais destinados a experiências, à manutenção do laboratório e eliminação de culturas, vestuário a utilizar, etc.