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Texto da entrada (ID.3269)

Editorial a propósito da eleição de Hintze Ribeiro para chefe do Partido Regenerador, na sequência da morte do anterior lider .... Pimentel de Serpa.

O Editorial considera a qualidade de açoriano de Hintze Ribeiro como uma característica de distinção que faz unir as vozes discordantes. Este artigo diz muito acerca do “localismo”, mas também sobre a homogeneidade social dos partidos que protagonizaram o Rotativismo político do final da monarquia – sendo o Diário dos Açores afecto ao Partido Progressista esperar-se-ia alguma retórica de oposição, pelo menos de alguma condescendência, e não um artigo apologético como o que se segue

“Ser-se açoreano é já ter-se uma recommendação. (...) Sem irmos mais longe agrada rever-se quanta coragem e heroismo deram os Açores às conquistas liberaes... E á poesia, Anthero de Quental; á crítica philosophica, Theophilo Braga, um sabio portuguez que o extrangeiro conhece e acata; á religião, Senna Freitas; ao alto magisterio o lente da Universidade, Dr. Filomeno da Camara; á medicina, os drs. Avellares; á pintura, Sousa Pinto (cremo-lo) esse magnifico talento que o Salon tanto tem premiado entre milhares de talentos; ao alto jornalismo de Lisboa, Armando da Silva, cerebro inquestionavelmente poderoso, Augusto Ribeiro, Alfredo Mesquita, Dr. José de Lacerda, duas organisações primorosas; á musica, o padre Thomaz de Borba, Francisco de Lacerda, o escolhido entre numerosos concorrentes para pensionista do estado em Paris, e Moyses Bensaude, o artista aclamado pelos mais exigentes theatros de canto da Europa; na política dirigente, Jacintho Candido e Hintze Ribeiro; na magistratura judicial, o desembargador Poças Falcão, que é também superiormente reputado na política, presidente da camara dos deputados; na historia das emprezas d’Africa, Roberto Ivens; na tribuna, Fernando Rocha e Eduardo d’Abreu; nas descobertas da natureza, Francisco Arruda Furtado; no funcionalismo superior, Tavares de Medeiros; e Alfredo, Joachim e Raul Bensaude, tres intelligencias que nos cursos extrangeiros e na sciencia que cultivam, se assinagnalaram entre os mais raros, continuando a solidez da sua reputação; e Manuel d’Arriaga, Jacintho Nunes e Annibal Bettencourt, o successor de Camara Pestana na direcção do Instituto Bactereologico de Lisboa, e Curry Cabral, e os ha pouco fallecidos Luiz Philippe Leite e Theophilo Ferreira – sem fallarmos ainda em tantos que hão conquistado a posição dos consideratados, dos dominadores e dos celebres, na industria, no commercio, desde os trabalhadores modestos até ás aulas dos cursos scientificos. (...)


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Hintze Ribeiro" in Diário dos Açores de 22 de Março de 1900, nº. 2691. Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3269.



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