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Vemos porem com prazer que ainda afóra da nossa imprensa, na imprensa do continente, por exemplo, se forma uma campanha, e se dirigem rudes e justissimos ataques ás industrias envenenadoras.

Não póde deixar de crer-se quando mesmo a sciencia não tivesse já lavrado a sua formal sentença condemnatoria e estabelecido a extensão d’esta outra especie de criminalidade, até agora impune, podemos acreditar que talvez a maxima parte dos males physicos e degenerescencia moral da gente que hoje vive, alimentada pelas substancias que as modernas industrias fabricam, encontram aqui mesmo as suas causas.

Doenças do estomago, doenças do coração, doenças nervosas, que infinita quantidade de agentes não encontram ellas todos os dias a animal-as, a estimulal-as, a imprimir-lhes rapidos progressos. E como é que os governos de cada paiz não estabeleceram ja uma vigilancia tão seria e tão honrada sobre as coisas fabricadas ou sobre as importações para serem consumidas na subsistencia do publico,