Texto da entrada (ID.3405)
A situação atmosférica do sudoeste europeu, que era boa em fins de Agosto, melhorou ainda com o alargamento do anticiclone ou zona de altas pressões cuja região central (acima de 765 mm) se estendeu para o norte até á Islandia, estabelecendo-se assim uma corrente de ar polar que nos veio baixar a temperatura desde o começo de Setembro.
Entretanto o tempo, na europa Ocidental ao Norte dos Pirineus, manteve-se mau com breves alternativas, devido á persistencia de uma depressão que, por ser a ultima da “familia”, se conservou estacionaria oscilando entre o Mar do Norte e a Finlandia até ao dia 12 em que o anticiclone , forçado por nova familia de depressões, as afectou para leste empurrando-a diante de si.
Com esta nova familia, chegam-nos as primeiras ameaças de mau tempo, depois dum curto verão ainda antes dessa data de 22 de Setembro que, segundo os praticos, justifica todas as perturbações atmosfericas. Conquanto a trajectoria das primeiras depressões tenha sido muit setentrional, passando ao norte da islandia, logo se notou uma pessima tendencia para a formação secundarias no sul da Islândia estendendo-se até á Biscaia sem que lhes oferecesse resistencia o resto do anticiclone que tinha ficado dos Açores á Peninsula.
Foram esta secundarias que produziram os dias encobertos da ultima semana , com aspecto invernoso, aos quais se seguirão provavelmente novas ameaças cada vez mais efectivadas de mau tempo.
(...)
Carvalho Brandão capitão de fragata
Referência bibliográfica
Carvalho Brandão - "crónica meteorologica (30 de Agosto a 19 de setembro)"
in Diário de Notícias
de 21 de Setembro de 1925, nº. 21435, p. 2 (c.3). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3405.
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