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Texto da entrada (ID.3413)

Toda esta semana será de luar pois a lua Cheia é na sexta-feira, e assim – um pouco menos duradouro nos primeiros dias, um pouco mais tardio nos ultimos – o certo é que em nenhuma destas sete noites ela faltará á simpatica missão que lhe cabe de dissipar as trevas, missão que alguém achava muito mais meritoria do que a proprio Sol. Porque, dizia, ele, o Sol, apenas nos alumia de dia; mas a Lua!... essa é que faz muito mais, porque nos alumia ... de noite!

Em distancia, vem o nosso satelite aproximando-se de nós até amanhã, em que estar´

A no apogeu da sua órbita a 35: 570 quilómetros da Terra, ou sejja, um pouco mais de 17 raios terrestres levando a sua luz 1 segundo  a 12 centésimos a ca chegarnessa ocasião. Depois dizem, tornará a afastar-se de nós.

O comprimento dos dias continua a diminuir com a máxima rapidez, perdendo nesta semana, 18 minutos , dos quais 11 serão de tarde e os outros 7 de manhã. Anda já  por três horas a diminuiç~

Ao desde 23 de Junho. Como é natural, visto estarmos no equinócio, ainda lhes falta perder quasi outro tanto até ao dia 22 de Dezembro, que será o mais curto do ano.

Depois de conjunções sucessivas que ultimamente pudémos ver, nos intervalos consentidos pelas nuvens, nenhuma outra se nos oferece agora. Teremos de explorar a (?) seguinte para tornanrmos a ver outras semelhantes.

O planeta Venus, linda estrela da tarde, vai demorando-se cada vez até mais tarde no céu. Vai aumentando o seu brilho, que já é quadruplo do de Jupiter, embora isso não não se torne bem evidente, por vermos venus na luz intensa do crepusculo. De sexta para sabado vimo-la deslisar ao sul de saturno, que lá permanece quasi imovel em Libra. Daqui a dois meses fará ela o mesmo relativamente a Jupiter e será ocasião de compararmos o brilho e a cor destes dosi formosos astros.

Merecurio e marte andam perdidos na radiação solar; mas daqui a um mês já poderemos ver o segundo, no alvor da madrugada.

As constelações oferecem o aspecto que ha quinze dias mostramos. Como indicio de ser outono está a ursa Maior sempre de cauda para a esquerda. Depois da meia-noite já vemos surgir a sueste a rutilante sirius.

Frederico Oom


Referência bibliográfica

Frederico Oom - "Semana astronomica XXXIX" in Diário de Notícias de 29 de Setembro de 1925, nº. 21443, p. 1 (c.5). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3413.



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Astronomia

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