Texto da entrada (ID.3458)
O cordel engarrafado
(..)
A ultima com que intrigou o socio foi a seguinte: Encerrou um pedaço de cordel e prendeu a uma das suas extremidades um pequeno peso. Com um pedaço de arame fino fez uma argolita, deixando uma ponta que espetou numa rolha de cortiça. A essa argolinha atou a outra extremidade do cordel. Introduziu depois este dentro de uma garrafa que tapou, bem tapada, com a rolha lacrando-a, por causa das duvidas.
A engenhoca, como vêm, nenhuma dificuldade tem. Mas para que serve? Berloques apresentou-a ao amigo e disse-lhes: - Vê lá se és capaz de cortar esse cordel que está dentro da garrafa, sem a desarrolhar ou quebrar.
“Evidentemente” Berliques não podia fazer tal coisa. Então o Berloques, armando-se de uma lente convergente, fez com ela concentrar os raios solares sobre um ponto do cordel. E pronto. Berliques foi aos arames por não ter adivinhado a ideia reservada do socio. Este dizia-lhe, depois, ironicamente:
- Não foi só Arquimedes que incendiou os navios de Siracusa com os seus espelhos parabólicos. A mim cabe, também a glória de haver incendiado o cordel engarrafado, com uma prodigiosa lente!...
[com uma imagem]
Referência bibliográfica
[n.d.] - "Noticias miudinho. Artes de berliques e berloques"
in Diário de Notícias
de 30 de Outubro de 1925, nº. 21473, p. 6 (C.6,7). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=3458.
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