Continuaremos a presenciar na semana corrente, o majestoso caminhar dos planetas Venus e Jupiter, tornando bem visiveis os seus deslocamentos aparentes, segundo as leis eternas que a inteligencia do homem tem sabido revelar.

Vimos na semana passada a excessiva diminuição na distancia aparente entre esses astros, e também na quarta, quinta e sexta-feira, o deslizar da Lua junto a esse grupo já de si tão interessante e notavel á vista.

Vamos agora ver o seguimento da mesma aproximação, até ao dia 26, quinta-feira, em que se dá a conjunção passando depois Venus a fugir de Jupiter, que irá ficando á direita dela, cada vez mais longe, e que em breve se há-de sumir na radiação solar.

Venus estara sabado na sua maxima elongação oriental, quere dizer, no seu maior afastamento aparente do Sol. Depois disso ira aproximando-se dele, até que venha também a desaparecer por sua vez. Vicissitudes perpetuas e inevitaveis das coisas da vida... e celestes!

O brilho da formosa estrela da tarde vai crescendo sempre até Janeiro, sendo agora quasi dez vezes o de Jupiter, ou seja, cem vezes o de uma estrela de primeira grandeza normal.

Dos restantes planetas, esteve Mercurio domingo passado na sua maior elongação oriental, mas sem interesse.

Marte aparece de madrugada, na constelação Virgo como fraca estrela avermelhada de segunda grandeza.

Saturno está em Libra ainda muito perto do Sol para ser visivel no clarão da madrugada.

É hoje Quarto crescente e será Lua Cheia no próximo domingo, portanto temos noite de luar já bastante luminosa e que pouco deixará ver as constelações. Mas o brilhante Orion, e mais tarde Sirius surgindo a sueste vão tomando um lugar de importancia no firmamento onde em breve dominarão.

A Lua vai afastando-se de nos.

Os dias só têm a perder mais um quarto de hora, principalmente de manhã, pois de tarde já estão quasi no minimo.

Frederico Oom