Texto da entrada (ID.512)
Interessante trecho d’um artigo de Flammarion: “As manchas solares, a que se juntam as faculas ou granulações brancas, e as erupções ou protuberancias representam uma agitação formidavel de que não podemos formar uma ideia. Os tremores de terra os mais violentos, derrubando cidades que o incendio consome dentro em pouco, os vulcões lançando chammas, cinzas, vapores, fumo e soterrando cidades e aldeias, os enchentes de mar engulindo os portos e afogando milhares de habitantes, os canhões lançando nos combates sanguinolentos projecteis que esplodindo destruem milhares de vidas, os rugidos dos raios, da tempestade, dos leões ou das pantheras, não são, comparados com os phenomenos solares, mais do que sorrisos duma creança adormecida sonhando com os anjos. Imaginemos os Alpes, os Pyrineus, os Himalayas, saltando no ar; os Atlanticos e os Pacificos, subindo às nuvens; a terra inteira rebentando como uma bomba: isto ainda não é nada. As chammas do sol elevam-se a 50, 100 e 200 mil kilometros d’altura, e cahem em chuva de fogo sobre o oceano solar que arde constantemente. Na Astronomia popular vem representada uma d’essas manchas que se eleva a 228.000 kilometros (isto é 18 vezes o diametro da terra, pois o nosso planeta mede apenas 12.742 kilometros de diametro). As manchas solares são d’uma côr de rosa admiravel e tão transparentes que o sol constantemente rodeado por ellas nos parece branco. O sol não é solido, liquido ou gasoso; está n’um estado de radiação formidavel, vibrando como p. 3 um coração prodigioso e lançando em volta de si, com a rapidez do relampago, as vibrações electricas que vão levar a vida aos outros mundos”.
Referência bibliográfica
Flammarion e Anónimo - "As chammas do sol"
in Diário dos Açores
de 3 de Agosto de 1907, nº. 4851, p. 2-3 (col. 6; 1). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=512.
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Astronomia
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