Texto da entrada (ID.523)
Repetidas vezes tem corrido o boato de que o explorador Andrée, partido em balão para a descoberta do pólo norte, e desapparecido sem deixar nenhum vestigio, não morrera. Esses boatos, acolhidos com scepticismo, parecem confirmar-se, a dar credito a um despacho recebido de Montreal pela Companhia Allemã dos Cabos.
Um missionario catholico, diz o despacho, acaba de descobrir traços do célebre viajante arctico Andrée. No extremo norte do Canadá perto do lago Reinder, encontrou esquimós nómadas; estes contaram-lhe que ha dois annos uma “casa branca”, encerrando dois homens brancos e meio mortos de fome, havia descido do céu. Os dois brancos alimentaram-se em seguida de carne de renna.
Da casa branca (evidentemente o balão) os esquimós fizeram uma especie de hangar para as provisões. O missionario tenciona proseguir no seu inquerito. Na sua opinião é possível que Andrée viva retirado no meio de uma tribo de esquimós.
Um outro jornal, no emtanto, diz que Andrée fallecera algum tempo depois do balão ter descido e que o referido missionario partirá dentro em breve para o local designado pelos esquimós, com o fim de se certificar se a “casa branca” é ou não o balão do célebre explorador.
Referência bibliográfica
Syll - "Impressões e notas - O explorador Andrée"
in Diário dos Açores
de 8 de Janeiro de 1910, nº. 5566, p. 1 (col. 4). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=523.
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