Texto da entrada (ID.550)
Desde ha muitos annos que se tenta metallisar por galvanoplastia objectos não conductores de electricidade, não se tendo ainda chegado a resultados vantajosos. Devido especialmente aos trabalhos d’um engenheiro italiano, Arzano Corrado, e d’um chimico belga, Henrique Monge, entrou-se n’uma nova phase verdadeiramente pratica e susceptivel de exploração industrial.
Não se sabe qual seja a technica operatoria, que é segredo dos inventores. O que se sabe é que, por intermedio talvez do estado colloidal, se tornam rapidamente conductores da corrente os tecidos que depois de deseccados pela acção de poderosos ventiladores electricos, são collocados , como cathodos, n’um banho galvanoplastico onde se recobrem d’uma leve camada de cobre electrolytico.
O deposito metallico assim obtido, por um processo de fabricação egualmente desconhecido, apresenta preciosas qualidades em harmonia com o fim a que é destinado: é muito fino, sem aspecto granuloso; solido sem ser quebradiço e algum tanto plastico.
Obtido o deposito, são os tecidos depois de lavados, deseccados e tratados por polidores flexiveis, introduzidos nos banhos galvanoplasticos onde são dourados, prateados, bronzeados, etc.
A mesma peça póde receber em differentes partes, conforme as exigencias da ornamentação, differentes metaes, de modo a produzir os mais bellos effeitos decorativos. Uma das grandes vantagens das rendas metallisadas é poderem soldar-se umas ás outras.
Referência bibliográfica
Iman - "Revista Scientifica - Metallisação das rendas"
in Diário dos Açores
de 11 de Fevereiro de 1910, nº. 5592, p. 1 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=550.
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