Ainda na mesma ordem de idéas com respeito á indole dos trabalhos d’esta Sociedade, temos estabelecido uma larga propaganda de desratisação, no que muito poderosamente temos sido coadjuvados pela imprensa do Districto, que além de publicações gratuitas, tem tornado do dominio e conhecimento publico noções indispensaveis sobre a peste e modo de combater o seu principal factor, e fizémos imprimir 250 cartazes alegoricos tratando dos modos de destruição de ratos, frizando quaes os maiores estragos que elles podem fazer, etc., o que às populações do Districto, menos instruidas facultará uma noção clara e precisa dos meios a empregar, movendo-as tambem pelo interesse e lucro que da caça ao rato lhes advirá.

Distribuimos profusamente um impresso em que se trata de instrucções sobre a peste, diversos modos de combate ao rato, applicações de venenos, formulas diversas, etc., e nova tiragem se fez d’estas instrucções para serem entregues a todas as pessoas que comprassem ratoeiras.

As posturas Camararias a que nos referimos, tiveram pouca aceitação do publico e motivaram reparos a nosso ver infundados, porquanto de momento era o unico expediente a tomar para habilitar as Camaras a pagarem os ratos e activar e promover a sua destruição.

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Não é possível calcular o numero d’estes roedores que tenham sido mortos com as substancias envenenadas, profusamente distribuidas pela Sociedades. O que é certo porém é que a desratização apenas está em começo e será muito para desejar que enquanto a Junta não resolve a creação do Imposto, as Camaras continuem dentro das attribuições que lhes conferem as posturas, a pagar as caudas de ratos que lhes forem apresentadas e que o publico em geral continue também a prestar-nos o seu auxilio pecuniario, sem o que esta Sociedade não pode continuar a desempenhar os trabalhos que lhe foram commettidos.

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Bruno T. Carneiro