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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.596)

(...)

Como a natureza se divertiu em crear varias castas de pulgas mais ou menos aggressivas para nós, e fez d’ellas o nosso parasita externo mais glutão e mais faminto (...), a que basta um punhado de poeiras e sujidade para habitação onde se criem e se multipliquem (...).

No caso da peste é bem sabido que as mais das vezes, são as pulgas acarreadas das espessuras do rato doente que nol-a transmittem.

(...)

Por isso, o estudo dos costumes e habitos das pulgas, e o dos meios de as destruir como sanguinosos verdugos nossos que são, interessa-nos hoje vivamente.

(...)

Por dois modos, nos transmitte a pulga aquella terrivel doença, primitiva no rato e secundaria no homem, ou pela aggressão offensiva, aguilhoando-nos para achar o seu pasto vivo no meio da nossa carne, ou deffecando sobre nós que indo coçar no lugar respectivo vamos introduzir sob a pelle o virus da peste, ou o tomamos nos dedos e depois o levamos á bocca ou aos alimentos, o que de tudo representa o caso mais vulgar.

(vida das pulgas é curta, mas basta uma femea para voltar a povoar tudo muito rapidamente. Surgem mais no periodo entre novembro e abril. A humidade contraria-lhes o desenvolvimento, não escolhem lugares humidos. Podem viajar longas distancias, sobretudo se alojadas em “transporte”(cão, gato, rato)


Referência bibliográfica

G. Ennes - "Questões medico-sociaes - Pulgas" in Diário dos Açores de 11 de Março de 1910, nº. 5616, p. 1 (col. 1-4). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=596.



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