Texto da entrada (ID.701)
O dr. Tourtelot de Ryan, accaba de communicar á “Revista de Clinica” de França, entre outros casos de intoxicação pelo oxydo de carbone, que conduz à diabetes, uma observação pessoal interessante.
Consta que, trabalhando longas horas n’um gabinete aquecido no inverno por uma estufa de gaz, sem tubo de ventilação, sentiu vertigens e dôres de cabeça; abriu a janella para renovar o ar e um instante depois o mal-estar recomeçou quando a janella estava fechada.
O incommodo tornou-se mais pronunciado, com falta de appetite e a lingua seca, apparecendo em breve, pouco a pouco, todos os signaes de diabetes e chegando, por fim, a descobrir que a origem do mal estava nas más condições do aquecimento do seu gabinete: como a chaminé não tinha tubo de descarga, os gazes não queimados espalhavam-se na atmosphera e produziam a intoxicação.
Supprimida a estufa, a diabetes desappareceu em menos de um mez, para não mais voltar, o que prova incontestavelmente que o oxydo de carbone era bem a causa da doença.
E a prova é que o dr. Tourtelot curou depois dois doentes de diabetes bastante grave, que não tinha outra origem senão n’uma estufa de gaz de funccionamento vicioso.
Referência bibliográfica
[n.d.] - "A diabetes e as estufas de gaz"
in Diário dos Açores
de 30 de Junho de 1910, nº. 5700, p. 2 (col. 6). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=701.
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