Texto da entrada (ID.702)
Só ha poucos annos é que se reconheceu que certas doenças, especialmente a febre amarella, são transmittidas pelos mosquitos.
Foi por isso que os americanos que se occupam na construcção do canal de Panamá trataram de os exterminar, supprimindo as aguas estagnadas e arroteando os terrenos que cercam as habitações.
Estes trabalhos tiveram como resultado, que desde dezembro de 1905, isto é, ha mais de quatro annos, nem um só caso de febre amarella se produziu na região occupada pelos trabalhadores; os de febre palustre, que attingiam cada anno, em 1906 ainda, 82 por 100 do pessoal, não foram além de 28 por 100 em 1908.
A mortalidade, que em 1906 era ainda de 42 por 1000, já no ultimo anno não passou de 12 por 1000, numero realmente muito baixo para uma população industrial, cujo effectivo total é actualmente de cerca de 50000 habitantes, na extensão de 70 kilometros do canal.
D’este numero, 6000 são americanos do norte, dos quaes 1500 são mulheres e creanças.
Tambem alli estão muitos trabalhadores portuguezes.
Referência bibliográfica
Syll - "Impressões e notas - Extincção da febre amarella"
in Diário dos Açores
de 1 de Julho de 1910, nº. 5701, p. 1 (col. 4-5). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=702.
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