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Divulgação Científica em Jornais



Texto da entrada (ID.740)

Como o radium é um dos mais preciosos corpos conhecidos, as raras pessoas que possuem parcellas d’elle temem se da sua accessibilidade aos gatunos. Mas sabe se que as suas emanações atravessam com facilidade a mais espessa couraça de aço. Assim, a construção de cofre capaz de resistir, por um lado, às tentativas de efracção e reter, por outro, os productos da deintegração do radium apresentava difficuldades quasi insuperaveis.

A casa Chubb, ingleza, parece, no entanto, ter resolvido o problema. Por ordem de uma Companhia fundada no ultimo anno para explorar importantes jazigos de uranito descoberta em Portugal, fabricou um cofre que se suppõe satisfará ás condições requeridas.

Consiste essencialmente em dois cofres encaixados um no outro, um com paredes de chumbo (o unico metal impenetravel ás emanações do radium) e o outro de placas de aço como os cofres ordinarios. Não obstante o seu peso total ser de tonelada e meia, a capacidade do cofre de chumbo é apenas de 50 kilos aproximadamente, o que, ainda assim, é bastante para guardar uma fortuna enorme, se attender mos a que esta quantidade de radium valeria mais de cinco milhões de contos, tomando por base os preços actuaes.

Um apparelho especial permitte recolher as preciosas emanações. Antes de abrir o cofre de chumbo, introduz-se por duas valvulas, dispostas na porta, tubos cheios de mercurio que recolhem e conservam essas emanações.


Referência bibliográfica

Syll - "Impressões e notas - Cofre para o radium" in Diário dos Açores de 19 de Agosto de 1910, nº. 5742, p. 1 (col. 3-4). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=740.



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