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Texto da entrada (ID.892)

Cuidado com a alimentação

A temperança e o exercicio como formulas supremas de higiene – Todo o mundo pode chegar á macrobia

O homem, desde os tempos mais distantes, vem creando regimens e sistemas que lhe prolonguem a existencia.

Em verdade se diga: a vida tem amarguras, espinhos, deceções tremendas, mas, em compensação, oferece aspectos deliciosos.

Os que se suicidam são, positivamente, doidos. O normal é querer viver, viver muito, em contacto com a natureza, fruindo todos os encantos e todas as doçuras possíveis.

Mesmo os que estão condenados ao tormento irremediavel, mesmo a maioria desses quer viver.

Na propria desgraça ha prazeres.

A respeito do problema da longevidade, são positivamente interessantes as idéas do dr. Hermann Weber, medico inglez, residente em Londres, expostas pelo sr. H. Wintersnow.

Esse homem tem oitenta anos. Devia, segundo a regra geral, estar curvado, tropego, abatido. Ao contrario d’isso, porém, o facultativo britanico, com a carga de oito decenios (...) é lesto.

(um reporter tenta saber o segredo e faz-lhe uma entrevista)

A primeira pergunta foi sobre se o dr. Weber acreditava na possibilidade de se prolongar a vida muito além do termo médio de setenta anos.

O medico respondeu que – sim. Estava convencido de que seria possivel prolongar a vida muito e muito desde que os homens se resolvessem a adoptar um regimen de existencia mais higienico do que o observado pela maioria, se não na infancia e na adolescencia, em que essa conputa seria fundamental, ao menos na edade madura.

O dr. Hermann Weber pensa que nunca é tarde para realisar nos habitos a modificação favoravel ao prolongamento da vida.

- Que se deve fazer, então, em primeiro logar? Perguntou o reporter.

Aqui é que os leitores devem apurar a atenção.

O dr. Weber, francamente hostil aos homens que comem demasiadamente, preconisou a sobriedade, que incontestavelmente é uma grande virtude. Deve-se comer pouco e só ingerir alimentos de boa qualidade.

É racional o conselho do medico inglez. Ha por ahi muita gente que vive para comer, quando o normal é que se coma para viver. Mortaes existem que, sentados a uma mesa, estão no melhor dos mundos: comem com voracidade, engolem tudo desesperadamente. Isto é máo, nocivo, perturbador, anti-hygienico.

(o artigo continua a relatar a opinião do médico inglês, no sentido do não abuso de alimentação, sobre a ingestão de alcool – que se deve evitar mesmo em doses pequenas, sobre a ginastica- deve-se andar muito a pé, marchar, com movimentos de braços).


Referência bibliográfica

[n.d.] - "A Longevidade" in Diário dos Açores de 24 de Abril de 1915, nº. 7111, p. 1 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=892.



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