O “Moniteur Industriel”, de Paris, publica um curioso artigo pormenorizando os meios de que se valem os quimicos alemães para conseguir a substituição das materias primas que a Alemanha não pode agora importar e que são absolutamente indispensaveis.

Transcrevemos os periodos essenciais deste artigo que interessará igualmente a homens de sciencia e a profanos.

Diz o “Moniteur Industrial”:

“Para fabricar granadas: cartuchos de espingarda e espoletas sem cobre e sem latão, os alemães empregam ferro doce com uma pequena liga de cobre e zinco tratado por um processo especial. O consumo do cobre está assim consideravelmente reduzido.

A gazolina, cujo fornecimento foi suprimido pela Inglaterra, pode ser substituida pelo benzol na maioria dos casos. Quando a gazolina seja indispensavel, produzem-na por uma manipulação muito complicada de oleoa minerais. Agora acaba de ser instalada uma grande fabrica para obte-la por meios simplicados.

A Inglaterra suprimiu igualmente a exportação do salitre, indispensavel para o fabrico de granadas. Os alemães instalaram fabricas para converter o azote do ar em amoniaco e obter o acido nitrico. Essas fabricas estão actualmente em condições de produzir o nitrato por preço sensivelmente inferiores aos que custa o nitrato extraido em tempo normal do salitre do Chile.

Depois da guerra os novos estabelecimentos continuarão funcionando e a importação do produto chileno ficará reduzida a insignificantes quantidades.