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Texto da entrada (ID.931)

Do ultimo nº da excelente revista “A Medicina Comtemporanea”:

“O dr. Portaceli, impressionado com os resultados annunciados por Ribemont-Dessaignes pelo emprego do producto preparado pelo chimico Paulin e pelo dr. Laurent, gosando da preciosa propriedade de tornar o parto indolor ou pelo menos muito supportavel, sem, de resto, atrazar o trabalho e sem fazer correr qualquer perigo ao feto, resolveu ensaial-o na sua clinica de Valencia.

Como já nos referimos com algum desenvolvimento á comunicação de Ribemont Dessaignes (M. C., nº 40 de 1914), torna-se desnecessario referir de novo a natureza do agente de que nos occupamos – Eutocina Laurent, designação definitivamente adoptado para o producto primitivamente chamado tocanalgina. Acompanharemos, porém, o dr. Portaceli nas indicações que dá, baseadas na observação dos casos em que empregou o referido producto, nos quaes colheu resultados tão satisfactorios como Ribemont-Dessaignes.

I – A primeira injecção deve-se praticar quando já se tenha declarado o trabalho e a dilatação do orificio externo do collo tenha atingido, pelo menos, o tamanho de uma moeda de 2 pesetas.

a)     A injecção de 1 cc. deve se fazer em pleno musculo (ou subcutaniamente na região abdominal) na parte antero-externa da coxa, depois de prévia desinfecção com iodo.

b)     A analgesia é completa, utilisada a via hypodermica, quando passados dez minutos.

Geralmente, esta primeira injecção supprime a dor durante quatro a seis horas, segundo a constituição e sensibilidade da mulher.

II -  A segunda injecção deve fazer-se:

a)     Quando a sensibilidade ou a dor tende a reaparecer;

b)     Empregando 1 cc. da solução. Com esta segunda injecção consegue-se quasi sempre um periodo mais longo que com a primeira, bastando assim duas injecções para um parto de média duração.

III – A terceira injecção de 1 cc, quando se torne necessaria, assegura um parto sem dor, com duração prolongada.

IV – N’algumas mulheres, em pequeno numero, só se consegue a supressão da dor durante um periodo mais curto que o indicado, o que torna necessario efectuar as injecções com menor intervalo, o que de resto, não oferece perigo.

V – Muitas vezes, conforme a constituição e sensibilidade da mulher, a segunda e terceira injecção poderão ser dadas na dose de ¾ ou mesmo de ½ cc.

O dr. Portaceli termina o seu artigo (Policlinica, junho 1915), citando a frase de Ribemont-Dessagnes: “O problema considerado durante muito tempo como insoluvel – suppressão da dor e conservação integral da contracção, durante o trabalho de parto – parece estar finalmente resolvido”.


Referência bibliográfica

[n.d.] - "Analgesia obstetrica" in Diário dos Açores de 6 de Agosto de 1915, nº. 7193, p. 2 (col. 3-4). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=931.



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