Texto da entrada (ID.950)
Os inglezes nunca foram bons fabricantes de materias corantes no tempo em que a obtenção d’essas materias era de extracção vegetal, e depois que esse trabalho estava no dominio da chimica, continuaram a mostrar necessidade do extrangeiro para satisfazer as exigencias da confecção e fabricação.
Os grandes tecelões do Reino Unido nos seculos XVI e XVII importavam o pastel dos Açôres para dar coloração aos seus tecidos e aos seus fios, quando a gerra surprehendeu agora aquelle povo laborioso, os fabricantes de lanificios aprovisionavam-se das anilinas allemãs.
Ao fabrico das anilinas está ligada a historia do emprego dos gazes asphixiantes e envenenados que os allemães têem feito na actual guerra.
Na sua composição são usados componentes chimicos que desenvolvem os taes vapores, como o brometo de Benzyl o qual misturado com a chlorina formam um dos taes gazes que na Flandres têem produzido grandes disseminações no exercito inimigo, contra a indignação do mundo moral e pacifista.
A composição da chlorina e as suas qualidades para esse emprego são bastante conhecidas: 2 vezes e meia mais pezada do que o ar, o gaz, ao ser lançado, os seus vapores que tomam uma côr amarello esverdeado misturam-se com a atmosphera e caem lentamente como ar fatal logo que haja a mistura de gaz na proporção de 1 parte por dez mil d’ar, entrando na garganta e provocando contracções espamodicas da glotte, seu completo encerramento e morte por suffocação.
Referência bibliográfica
X. - "Os gazes asfixiantes e envenenados dos alemães"
in Diário dos Açores
de 8 de Setembro de 1915, nº. 7221, p. 2 (col. 1-2). Disponível em linha em http://bd-divulgacaocientificaemjornais.ciuhct.org/entrada.php?id=950.
Detalhes
Nome do Jornal
Mostrar detalhes do Jornal
Data da Fundação
Nome do Fundador
Nome do Director
Nome do Redactor
Nome do Administrador
Bibliografia
Número
Título(s) do Artigo
Título
Género de Artigo
Opinião
Tema
Medicina
Outros
Palavras Chave
Notícia