O canal do Panamá, recentemente inaugurado, que a cidade de San Francisco resolveu comemorar com a sua brilhante Exposição Internacional Panamá-Pacifico de 1915, merece ser aqui mencionado, por representar a obra mais gigantesca da engenharia moderna.

Os trabalhos do canal, começados em 1881 pelo conde Fernando de Lesseps, foram depois abandonados, até que o governo norte-americano, em 1904, se incumbiu da sua conclusão, comprando da antiga companhia franceza, por 40 milhões de dólares, o seu material e o trabalho feito, e da republica do Panamá, por 10 milhões de dólares, o direito de propriedade e dominio da zona atravessada pelo canal.

A conclusão desta obra grandiosa custou aos Estados Unidos cerca de 400 milhões de dólares, tendo prestado ao comércio internacional um beneficio incalculavel, e era justo, que tão historico acontecimento fosse celebrado com brilho e de uma maneira apropriada, com o concurso de todas as nações interessadas. Para êsse fim, projectou-se uma grande demonstração naval, para a qual foram convidadas todas as nações a enviarem navios de guerra, que, reunidos no golfo do Mexico, e precedidos pelo navio conduzindo o presidente dos Estados Unidos e os representantes oficiais de vários países, atravessariam o canal, subiriam a costa do Pacifico, concluindo a cerimónia na vbaía de San Francisco, com uma brilhante revista naval.

Infelizmente, em vista da guerra europeia, este programa não se pode realizar.

(...) (só efectuaram uma exposição na cidade de S. Francisco)

A abertura do canal terá (...) a grande vantagem de aproximar o comercio de Leste e o Oeste, que até aqui estavam separados economicamente.

A America do Norte e a America do Sul terão tambem ocasião de desenvolver mais activamente as suas relações comerciais, sobretudo entre o Leste da America do Norte e o Oeste da America do Sul.